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Subway lança Sub da Quebrada, com parte da receita revertida para a Gerando Falcões

A elaboração do sanduíche foi feita durante programa de gastronomia.

O “Sub da Quebrada” chegou nos franqueados do Subway nesta quinta-feira, 23, e estará disponível durante cinco meses nas mais de 1.600 unidades da rede de lanchonetes. O sanduíche foi criado ao longo de dois meses por oito integrantes selecionados da ong Gerando Falcões. A campanha foi criada pela Dentsu Creative.

 

Segundo Miguel Viana, um dos participantes do projeto, a criação do sanduíche era a apoteose do trabalho coletivo há muitas mãos, que agora omou forma e sabor. “Esse sanduíche representa a favela, é como se fosse o nosso X-Tudo do Subway”, comenta.

 

O primeiro cobranding entre a marca e a Gerando Falcões (GF) tem como objetivo divulgar os trabalhos desenvolvidos pelas suas 5.558 comunidades. Além disso, ao final dos meses de campanha, algum percentual sobre a venda do “Sub da Quebrada” será convertido à instituição. “Nós queremos que esse seja o lanche mais vendido, mais popular e mais saboreado pelas pessoas nesses cinco meses”, comenta Antônio Neves, diretor geral de operações da Subway e membro do board de executivos da SouthRock.

 

O presidente da Subway no Brasil, William Guidici, explicou, durante o evento de lançamento no Teatro Gazeta, em São Paulo, que ainda não é possível estipular qual o valor que será convertido à GF, pois serão subtraídas as participações dos franqueados, além das questões de impostos e outras tarifas correlacionadas. “Iremos fazer a prestação de contas para impressa ao final desses cinco meses de campanha”, prometeu.

 

Alimentando Gerações
Para chegar na “Receita da Quebrada”, a Subway convidou alguns jovens que tinham destaque na Gerando Falcões para workshops sobre o processo produtivo da rede. “O mundo não é só a favela em que estamos vivendo, a favela não vai chegar em nenhum lugar sozinha”, comenta Maria, uma das jovens envolvida no projeto.

Para ilustrar as embalagens o artista plástico e grafiteiro Wbiracy Pais, vulgo Bira, representou as casas precárias das comunidades, com luzes na janela, porque, segundo ele “ninguém vive na favela, a gente mora, dorme e sobrevive nela”.

A missão da Gerando Falcões é transformar a pobreza da favela em peça de museu antes de Marte ser colonizado – ou, em outras palavras, deixar no passado a desigualdade social que assola o Brasil. Em 2022, a FGV Social lançou o Mapa da Nova Pobreza que demonstrou que, durante 2021, a renda domiciliar per capita correspondia até R$497 reais mensais atingindo quase 63 milhões de brasileiros no período.

A GF, que atua em 25 estados mais o Distrito Federal, tem buscado trabalhar nas 717.655 pessoas impactadas pelos projetos o protagonismo e o empreendedorismo da periferia em buscar alternativas de como trilhar o futuro. “Precisamos de filantropia, poder público e iniciativa privada juntos para resolver um problema que atinge a todos nós. Somos a última geração que tem a chance de mudar o futuro”, finaliza Lyra.

 

 

 

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